quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fome e sede DP

Era por volta das 15h de ontem. No meio da rua, um grupo se aglomerava em torno de uma mesa improvisada feita de compensado de madeira. Atrás deles, uma panela grande com água quente. Logo que viu a cena, a fotógrafa Alcione Ferreira pediu para parar o carro imediatamente e descer. Ela registrou o exato momento em que um porco, imagem que está na capa do Diario, era escalpelado por homens famintos que, indiferentes aos bons modos, preparavam a refeição ali mesmo. O gesto bárbaro não os envergonhava. Felizes, cumpriam o ritual de cortar e assar a carne com o alívio de quem sobreviveu a mais um dia, a muito custo. Como guerreiros comemorando a glória em torno da caça. E não é só fome. Sede é outro flagelo que os moradores de Barreiros, a 110 quilômetros do Recife, tentam vencer. Uma peleja que piora a cada dia. Depois de perder mais de mil casas e cinco pontes para a força das chuvas, o município pernambucano mais atingido pela enchente da semana passada definha. Na entrada da cidade, cujo acesso se restringea veículos que transportam donativos, tratores e carros oficiais, moradores visivelmente abatidos pedem alimentos e água. Um comboio do Exército se encarrega de receber os mantimentos, que são levados para o centro de Barreiros.No entanto, voluntários tentam por conta própria assistir àquelas pessoas errantes. Alaneide Maria Barbosa, missionária da Paróquia de São José, de Rio Formoso, distribuía água mineral a adultos e crianças que se aproximavam do caminhão. "As pessoas estão perdidas, sem saber a quem pedir ajuda", relata Alaneide. A necessidade de água potável é muito maior que qualquer outro item. Sem água e sem luz, a população recorre a municípios vizinhos, como São José da Coroa Grande e Rio Formoso, para fazer feira e ou simplesmente fugir, escapar do caos. Fome e sede
Era por volta das 15h de ontem. No meio da rua, um grupo se aglomerava em torno de uma mesa improvisada feita de compensado de madeira. Atrás deles, uma panela grande com água quente. Logo que viu a cena, a fotógrafa Alcione Ferreira pediu para parar o carro imediatamente e descer. Ela registrou o exato momento em que um porco, imagem que está na capa do Diario, era escalpelado por homens famintos que, indiferentes aos bons modos, preparavam a refeição ali mesmo. O gesto bárbaro não os envergonhava. Felizes, cumpriam o ritual de cortar e assar a carne com o alívio de quem sobreviveu a mais um dia, a muito custo. Como guerreiros comemorando a glória em torno da caça. E não é só fome. Sede é outro flagelo que os moradores de Barreiros, a 110 quilômetros do Recife, tentam vencer. Uma peleja que piora a cada dia. Depois de perder mais de mil casas e cinco pontes para a força das chuvas, o município pernambucano mais atingido pela enchente da semana passada definha. Na entrada da cidade, cujo acesso se restringea veículos que transportam donativos, tratores e carros oficiais, moradores visivelmente abatidos pedem alimentos e água. Um comboio do Exército se encarrega de receber os mantimentos, que são levados para o centro de Barreiros.No entanto, voluntários tentam por conta própria assistir àquelas pessoas errantes. Alaneide Maria Barbosa, missionária da Paróquia de São José, de Rio Formoso, distribuía água mineral a adultos e crianças que se aproximavam do caminhão. "As pessoas estão perdidas, sem saber a quem pedir ajuda", relata Alaneide. A necessidade de água potável é muito maior que qualquer outro item. Sem água e sem luz, a população recorre a municípios vizinhos, como São José da Coroa Grande e Rio Formoso, para fazer feira e ou simplesmente fugir, escapar do caos. (atualizado por Inácio Feitosa), DP, 24. jun.

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