sexta-feira, 25 de junho de 2010

Relato da Profa. Carol sobre o dia 24

"Prezados,

Estive em Palmares ontem durante todo o dia e a situação está cada vez pior:

• O odor nas ruas está maior a cada dia;
• As pessoas continuam sem equipamento de proteção indvidual (botas, luvas, máscaras);
• Muitas ruas estão ainda sem acesso, inclusive com policiamento impedindo;
• Muita gente ainda não conseguiu ver sua casa e a situação em que se encontra;
• O transito estava intenso, talvez por conta da presença do Presidente da República.

Entrei em contato mais uma vez com alguns prifissionais da saúde do PSF Zénobio, que disseram term um carro e um motorista para visitar os abrigos, porém, quando me dirigi à unidade de saúde, não havia transporte disponível e eu não sabia o endereço dos locais para vistitá-los.

A impressão que nos dá é que é dificil até mesmo ajudar as pessoas, por que a burocracia é grande até para isto.

Alyssom estava com uma médica (Dra Ruth) no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, e nosso objetivo era visitar esses locais para ver como podia ser planejado nosso atendimento, porém, não tivemos sucesso por falta de transporte e alguém para guiar.

Durante o horário do almoço e uma parte da tarde, soubemos que a unidade de saúde Zénóbio estava sem médico e nos dirigimos para lá, onde Dra Ruth atendeu muitos pacientes, inclusive alguns necessitando de referência para algumas especialidades.

Após algums avaliações e conversa com uma enfermeira da cidade (Ana Rosa), achamos viável e importante visitas in loco, principalmente em locais extra oficiais, ou seja, abrigos improvisados pela prória população e distantes dos locais de atendimento.

Para isso, é necessário o mínimo para o atendimento, ou seja, medicações e materiais abaixo citados:

• Dexametasosa (pomada)
• Sulfametoxozol + trimetropim (bactrim);
• Azitromicina;
• Cefalexina
• Amoxacilina
• Dipirona (comprimidos e gotas)
• Paracetamos (coprimdos e gotas)
• Plasil (comprimidos e gotas)
• Albendasol
• Mebendasol
• Material de curativos
• Luvas, máscaras, botas, etc.

Nossa maior preocupação é que a partir de sábado vão começar a aparecer o sintomas de muitas doenças como leptospirose e dengue e é importante agir no início para evitar problemas maiores.

Gostariamos de lembrar que o objetivo não é fazer o trabalho da Prefeitura ou Governo de Pernambuco, mas sim ajudar num melhor atendimento à população nesse momento de calamidade pública.

Muitos moradores estão afirmando que deixarão a cidade para recomeçar a vida em outro lugar, outros choram pelo alto preço da comida e água. Muitos reclamam que as ajudas são distantes e não tem como se dirigir a esses locais. Inclusive uma das dificuldades das pessoas que querem ajudar a levar comida e água em alguns locais é o acesso.

Enfim, a situação é crítica e a ajuda da população que não foi atingida é essencial.

Atenciosamente

Ana Carolina Vieira
Enfermagem- Maurício de Nassau"
(Postado por Inácio Feitosa)

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