quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Famílias da Mata Sul ainda precisam de água e comida
09:38 |
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Mais de dois meses após enchentes que castigaram 67 municípios, região tem 26 mil desabrigados. Comitê Ecumênico distribuiu 400 toneladas de donativos e o Estado repassou 57 mil cestas básicas
O Comitê Ecumênico de Apoio às Vítimas da Chuva em Pernambuco reiterou ontem a necessidade de a população continuar doando, principalmente, comida e água para as pessoas atingidas pelas chuvas de junho na Zona da Mata Sul. No balanço divulgado ontem, a organização declarou ter recebido desde a tragédia 400 toneladas de donativos e R$ 120 mil em dinheiro. O governo do Estado também mostrou seus resultados. Apenas as cestas básicas somavam mais de 57 mil.
O Comitê Ecumênico de Apoio às Vítimas da Chuva em Pernambuco reiterou ontem a necessidade de a população continuar doando, principalmente, comida e água para as pessoas atingidas pelas chuvas de junho na Zona da Mata Sul. No balanço divulgado ontem, a organização declarou ter recebido desde a tragédia 400 toneladas de donativos e R$ 120 mil em dinheiro. O governo do Estado também mostrou seus resultados. Apenas as cestas básicas somavam mais de 57 mil.
As cidades destruídas pelas chuvas reúnem 7.259 pessoas distribuídas nos 186 abrigos do governo do Estado, mas o número de desabrigados é maior. Atualmente, 497 famílias vivem em barracas e 5.260 recebem auxílio-moradia, totalizando 26 mil desabrigados. “Tem gente que não tinha sequer um documento de identidade”, conta o secretário de Planejamento, Geraldo Júlio, durante a apresentação dos números ontem. Ele e o coordenador do comitê, Anselmo Monteiro, lembraram da mobilização em todo o País logo após a tragédia. Hoje, calculam, que as doações caíram 60%.
Os 40% que sobram passam por uma triagem e muita coisa acaba descartada. “Houve gente que aproveitou a ocasião para fazer uma limpeza em casa. Recebemos muita roupa rasgada, brinquedo quebrado entre outros objetos que não serviam mais para ninguém. Solidariedade tem que ser uma coisa consciente”, alerta Anselmo Monteiro. Ele acrescenta que a região entra agora em uma nova fase, a de reconstrução, mas o comitê continuará recebendo donativos.
O único pedido é para que as pessoas não levem mais roupas. “As famílias deixaram de ir pegar roupas para se preocupar em conseguir outros itens de necessidade mais imediata”, afirma. Água, comida e material de limpeza ou higiene continuam sendo bem-vindos, assim como dinheiro para ajudar na reconstrução ou comprar o que for necessário. Quem puder ajudar pode entrar em contato com o comitê através do endereço acaope@hotmail.com.
TROTE SOLIDÁRIO
A Faculdade Maurício de Nassau está organizando um trote solidário para arrecadar material escolar para os estudantes que vivem nas áreas atingidas pelas chuvas. Durante o mês de setembro, qualquer pessoa pode se dirigir à instituição, no bairro do Derby, área central do Recife, para doar o que puder ser aproveitado pelos alunos. A cada caderno recebido, a faculdade garante acrescentar uma caneta, um lápis e uma borracha para fechar o kit. O material será doado no dia 25 de setembro.
Fórum se reúne dia 3 para avaliar a reconstrução
O Fórum Estadual de Reconstrução dos municípios atingidos pela chuva em Pernambuco agendou ontem sua primeira reunião oficial. O encontro acontece no dia 3 de setembro, a partir das 10h, na Faculdade Maurício de Nassau, no Derby, Centro do Recife. “Vamos debater as primeiras ideias e os interessados podem se juntar a nós”, chama o coordenador do Comitê de Apoio às Vítimas da Chuva em Pernambuco, Anselmo Monteiro, uma das organizações participantes.
O fórum começa as discussões com um saldo de R$ 91 mil, conseguido através de doações, e a missão de reconstruir as cidades atingidas de forma planejada. “Podemos evitar, por exemplo, a construção na beira dos rios ou construir um sistema de escoamento da água melhor”, exemplifica Anselmo.
Pernambuco ainda tem 41 municípios em estado de calamidade ou situação de emergência. “Nunca enfrentamos um desastre desta magnitude”, destaca o secretário de Planejamento, Geraldo Júlio, que também deve acompanhar as discussões. Ele aproveitou a ocasião para falar sobre os gastos do governo. Dos R$ 523 milhões mobilizados, R$ 200 milhões já foram investidos. Esse dinheiro servirá para reconstruir o que for necessário, desde os sistemas de distribuição de água e esgotamento ao calçamento das ruas e prédios públicos. Até o momento, 19 empresas foram contratadas e 15 ordens de serviço, autorizadas.
Fonte: Jornal do Commercio – Cidades – 14/Ago/2010
Inserido por Anselmo Monteiro – Coord.da Ação PE Solidário
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